Coordenador Médico:
Dr. Hugo de Mendonça Café - Cardiologista
Coordenadora Técnica:
Cardiopneumologista Marta Leitão
Membros do Laboratório:
Dr. Pedro Cordeiro - Cardiologista
Dr. Walter Santos - Cardiologista
Professor Doutor Carlos Cotrim - Cardiologista
Colaboradores:
Cardiopneumologista Sandra Mateo
Cardiopneumologista Rui Ferrinha
O Laboratório de Ecocardiografia do Hospital Particular do Algarve - Gambelas detém a Acreditação Europeia pela Sociedade Europeia de Imagem Cardiovascular, sendo o primeiro (e atualmente o único) laboratório no Algarve com esta distinção.
http://www.escardio.org/Education/Career-Development/Accreditation/EACVI-Laboratory-accreditation/Accredited-Laboratories
O Dr. Hugo de Mendonça Café e o Professor Doutor Carlos Cotrim detêm Certificação em Ecocardiografia Transtorácica pela Sociedade Europeia de Imagem Cardiovascular.
O Dr. Hugo de Mendonça Café detém também a Certificação em Ecocardiografia Transesofágica pela Sociedade Europeia de Imagem Cardiovascular.
A Técnica de Cardiopneumologia Marta Leitão é Licenciada em Cardiopneumologia com Especialização em Ecocardiografia. É Monitora do LAC FOCUS - Universidade do Algarve desde 2018 e Diretora Técnica do Laboratório de Ecocardiografia do HPA Gambelas.
O Laboratório de Ecocardiografia do Hospital Particular do Algarve - Gambelas segue as normas e referências da Sociedade Europeia de Imagem Cardiovascular.
É um exame que utiliza ultrassons para obter imagens em tempo real do coração e dos maiores vasos sanguíneos. A sua realização depende da avaliação médica a que previamente a pessoa foi sujeita.
Trata-se de um exame completo, com avaliação 2D, Modo M e Doppler, incluindo estudo por Strain (para determinadas situações e dependente da qualidade da imagem ecocardiográfica).
Permite avaliar alterações morfológicas e funcionais das câmaras cardíacas, válvulas, vasos e estruturas próximas do coração, quando este se encontra em repouso (o exame completo envolve as técnicas 2D e Doppler e, eventualmente “M-Mode”). Se for considerado necessário e for tecnicamente possível (nem sempre o é), será realizada uma análise com tecnologia Strain (avaliação da deformidade miocárdica).
Um profissional capacitado irá utilizar um ecocardiógrafo para colher as imagens necessárias. É utilizado um gel para conseguir obter essas imagens (este é à base de água e é hipoalergénico). Ser-lhe-ão colocados elétrodos para monitorizar a atividade elétrica do coração para correlação com as imagens colhidas. Ser-lhe-á pedido que se coloque em tronco nu e se movimente em várias posições de modo a serem obtidas as melhores imagens. O exame é realizado numa área específica, otimizada para a sua privacidade e para a adequada colheita de imagens. O exame em si é indolor e não invasivo. O ecocardiograma transtorácico atual requer a utilização de tecnologia Doppler (mapeamento do fluxo sanguíneo, possibilitando por exemplo determinar a sua velocidade) para se obter toda a informação adequada.
É variável em função do motivo do pedido e do que vai sendo encontrado no exame. Um ecocardiograma transtorácico completo requer duas fases: a recolha de imagens e a realização do relatório. A fase de recolha de imagens em si poderá demorar de 15 a 60 minutos, de acordo com a complexidade do caso.
O Ecocardiograma Transesofágico (ETE) é um exame no qual imagens do coração são obtidas por meio de uma sonda de ultrassom especial, a qual é introduzida pela boca, dentro do esófago (estrutura em forma de tubo e por onde passam os alimentos) e sob sedação. No ETE a sonda é capaz de visualizar melhor determinadas partes do coração. O procedimento completo dura cerca de uma hora. Contudo, habitualmente a sonda de ultrassom só permanecerá inserida aproximadamente 10 a 15 minutos.
O procedimento é realizado por uma equipa composta por cardiologista, enfermeiro e técnico de cardiopneumologia.
Deverá informar os profissionais se tiver alguma doença do esófago, se já foi operado ou fez algum tratamento a essa zona ou ainda se tem dificuldade em engolir. Deverá também referir se tiver alguma alergia, alguma anomalia da coagulação ou se estiver a tomar medicamentos anticoagulantes.
É fundamental que esteja em jejum (líquidos e sólidos) durante pelo menos 6 horas antes do procedimento. Ser-lhe-á também pedido que remova da boca qualquer prótese ou dispositivo móvel dentário, imediatamente antes do início do procedimento.
É imprescindível que dê o seu consentimento informado (sem este documento assinado o exame não será realizado) e, aceitando realizá-lo, é necessário também que informe a equipa da presença de alguma das situações descritas.
Durante todo o procedimento os seus sinais vitais serão monitorizados (nível de oxigénio, pressão sanguínea e reação aos medicamentos).
Ser-lhe-á introduzido um tubo intravenoso no braço (que não é doloroso), por onde será administrado um sedativo para ajudá-lo a relaxar.
A sua garganta será anestesiada com um spray especial. Deverá engolir este líquido e não engolir mais saliva a partir deste momento, pelo risco de engasgamento. A exceção será na altura em que o médico lhe pedir para engolir.
Um pequeno protetor de plástico será colocado entre os seus dentes, através do qual a sonda será introduzida, sendo-lhe pedido que se deite do lado esquerdo do corpo para a realização do procedimento.
A sonda será introduzida pela boca, dentro do esófago, até chegar exatamente atrás do coração (deverá colaborar na passagem da sonda e quando o médico o solicitar, “engolir”). Imagens por ultrassom do coração, das válvulas cardíacas e do fluxo de sangue serão então obtidas e registadas.
Segundo as imagens que vão sendo obtidas, poderá ser necessário que realize determinadas manobras, que por sua vez lhe serão explicadas.
Os efeitos da sedação desaparecem geralmente no prazo de poucas horas. Os riscos associados à realização de um ETE são raros, mas existem. Durante alguns dias depois do exame pode notar algum incómodo na garganta (garganta "arranhada", rouquidão) associado à passagem da sonda. Entre os riscos raros possíveis incluem-se também processos inflamatórios/infeciosos, perfuração do esófago, hemorragias esofágicas, arritmias cardíacas e excecionalmente situações fatais.
Não poderá comer ou beber seja o que for durante cerca de duas horas depois do procedimento, pois a sua garganta ainda poderá estar anestesiada.
Não poderá conduzir durante o resto do dia, sendo recomendável que não assine documentos legais no dia do exame.
Será necessário providenciar que alguém o leve para casa depois do procedimento, pois é possível que se sinta entorpecido por causa do sedativo.
O relatório do exame ser-lhe-á disponibilizado posteriormente, após a análise das imagens.
O ecocardiograma de sobrecarga farmacológica é um exame realizado com uma sonda que emite ultrassons para obter imagens do coração. Habitualmente, o ecocardiograma é efetuado em repouso.
Quando necessário, o coração pode ser avaliado em esforço ou em sobrecarga, realizando um ecocardiograma de sobrecarga farmacológica, também conhecido como ecocardiograma de stress, no qual é administrado um medicamento que irá acelerar o coração para simular o esforço físico.
Através deste exame, detetam-se alterações que ocorrem no funcionamento ou na estrutura do coração, tanto a nível do músculo (miocárdio), quanto das válvulas e das artérias coronárias em esforço.
Benefícios: O valor diagnóstico do eco de stress é muito superior ao da prova de esforço convencional. No entanto, mesmo com um exame tecnicamente adequado, pode, embora raramente, falhar lesões e diagnósticos.
Riscos: Trata-se de um exame seguro. O risco deste exame existe, mas é pequeno, sendo comparável ao de qualquer esforço mais vigoroso.
Os ultrassons são inócuos para a saúde, mas a medicação infundida pode provocar alguns efeitos. Os riscos inerentes a este exame incluem desde reações mais frequentes, como alteração na pressão arterial, sensação de mal-estar e alterações do ritmo cardíaco, incluindo arritmias, até situações menos frequentes como reações alérgicas. Estão descritos casos de enfarte agudo do miocárdio e paragem cardíaca, mas são situações extremamente raras. Por isso, como precaução, estão disponíveis meios médicos, assim como equipamentos para tratar eventuais complicações.
O ecocardiograma de sobrecarga farmacológica permite esclarecer se existem zonas do miocárdio que não conseguem trabalhar adequadamente em esforço, o que pode significar que não existe fluxo de sangue suficiente para irrigar essa zona do coração por existirem obstruções nas artérias coronárias.
Este estudo de isquemia do miocárdio pode ser usado tanto nos doentes com suspeita de doença coronária, como no seguimento de doentes já submetidos a procedimentos de revascularização (pós-implantação de stents ou cirurgia de bypass cardíaco). Permite também o estudo da viabilidade do miocárdio após um enfarte, ou seja, identificar zonas do coração que não trabalhem adequadamente em repouso, mas com capacidade de recuperação.
O ecocardiograma de sobrecarga pode ainda ajudar a esclarecer a gravidade de um problema valvular, principalmente na estenose da válvula aórtica com depressão da função do miocárdio.
O ecocardiograma de sobrecarga farmacológica é realizado por uma equipa de profissionais composta pelo médico cardiologista, pelo técnico cardiopneumologista e pelo enfermeiro, todos com vasta experiência nesta área.
O exame é realizado com o doente deitado. É colocado um soro endovenoso através do qual serão administrados os medicamentos que provocam o esforço cardíaco e são colocados elétrodos no peito para monitorização do ritmo cardíaco e realização do electrocardiograma.
A luz na sala é reduzida para que as imagens no ecrã do ecógrafo possam ser visualizadas adequadamente.
No peito, sobre o lado esquerdo, é aplicado um gel transparente no local onde depois é colocada a sonda ou transdutor. Este transdutor emite e recebe um feixe de ultrassons refletidos pelas várias estruturas que são atravessadas, traduzindo-os em imagens presentes no monitor do ecógrafo. São ainda realizadas medições da pressão arterial.
São obtidas imagens antes, durante e após a administração dos medicamentos que provocam o esforço cardíaco. Ao longo do exame, são gravadas imagens e registado o eletrocardiograma de forma contínua. Por vezes é necessária a administração de um produto de contraste ecográfico.
Durante o exame poderá sentir uma sensação de calor e o coração a bater mais rapidamente e com mais força (palpitações), uma dor de cabeça ligeira, secura da boca, cansaço e uma impressão no peito. Estes efeitos relacionados com o esforço cardíaco são temporários.
No final do exame, é administrado um antídoto - medicamento que reverte todos efeitos do medicamento que provocou o esforço cardíaco.
Deve contar com pelo menos entre 45-60 minutos para a realização deste exame.
É dada imediatamente uma informação preliminar.
Após a realização do exame deverá contar com mais alguns minutos para recuperação do seu organismo, retornando logo depois à sua rotina diária normal.
A realização do ecocardiograma de sobrecarga farmacológica requer um período de jejum prévio de 4 horas, sendo permitido beber uma pequena quantidade de líquidos para tomar os medicamentos.
Poderá ser necessário suspender alguma medicação 1-2 dias antes do exame de forma a evitar interferência com o ecocardiograma de sobrecarga farmacológica; com a medicação administrada durante o exame.
Os seguintes alimentos são proibidos nas 12 horas antes do exame: café, chá, chocolate, refrigerantes e bebidas alcoólicas, porque podem interferir no resultado e interpretação do exame.
A ecocardiografia de esforço é uma forma de ecocardiografia na qual é efetuado ecocardiograma em repouso e depois do esforço, avaliando desta forma as consequências do esforço no funcionamento do coração.
A ecocardiografia de esforço permite detetar doença coronária com maior sensibilidade e especificidade do que a prova de esforço simples. Além disso, tem a enorme vantagem quando comparada com a Cintigrafia, com o Angio-TAC coronário e com a Ressonância, de não utilizar radiação nem contraste.
Permite, entre muitas outras situações, também avaliar a gravidade de doenças já conhecidas, não só da doença coronária, mas igualmente das doenças valvulares, da hipertensão pulmonar, bem como a avaliação de atletas com sintomas para pesquisa de gradientes intraventriculares patológicos (como causa desses sintomas).
Tem um grande impacto no sentido em que nos permite fazer o diagnóstico e avaliar a gravidade das doenças sem uso de radiação e, obviamente um melhor diagnóstico tem como consequência um melhor tratamento.
De entre os vários métodos diagnósticos - cintigrafia de perfusão miocárdica, Angio-TAC e ressonância magnética -, a ecocardiografia de esforço é o mais barato, mas a maior vantagem (tendo em atenção que permite aceder a informação pelo menos equivalente aos outros exames) é não utilizar radiação nem contraste. Para além disso é também o exame mais rápido (no máximo demora meia hora).