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Dr.ª Maria Miguel Carvalho

Especialista em Ortopedia e Traumatologia e Medicina Desportiva
Consulta do Ombro

Tratamento com plasma rico em plaquetas (PRP) na Ortotraumatologia

HPA Magazine 8


O uso de plasma rico em plaquetas (PRP) tem-se tornado popular na Ortopedia e Traumatologia e fundamentalmente na área da Medicina Desportiva. Fraturas, lesões tendinosas, musculares e da cartilagem são cada vez mais tratadas com PRP.

 



Atletas de futebol e outros desportos são frequentemente tratados com PRP e isto estimulou o conhecimento deste tema pelo público em geral. Inúmeros estudos têm avaliado a eficácia do PRP na diminuição da inflamação e da dor, na melhoria e aceleração do processo de cicatrização, no aumento da mobilidade e da funcionalidade articular e muscular. Poderá ser aplicado tanto em situações agudas como nas roturas musculares ou ligamentares, acelerando o processo de regeneração e diminuindo assim o tempo de paragem desportiva/laboral, assim como em situações mais crónicas, como na tendinopatia do tendão de Aquiles/quadricípite, epicondilites e mesmo estádios iniciais de osteoartrose.
O Plasma Rico em Plaquetas é um produto derivado do sangue do próprio paciente (autólogo) que é preparado e centrifugado para se obter uma alta concentração de plaquetas (3 a 5 vezes mais) num volume de plasma limitado. 
As plaquetas contêm fatores de crescimento e proteínas bioativas que regulam células diferenciadas, modulando o seu crescimento e atividade, permitindo a regeneração dos tecidos. Este tratamento permite concentrar uma grande quantidade de fatores de crescimento junto à lesão. Este preparado é depois administrado ao doente em consulta ou no bloco operatório, com ou sem recurso a ecografia.

 

ALGUMAS DAS APLICAÇÕES DO PRP:

1. Tendinites crónicas (cotovelo, joelho, anca, tornozelo, entre outros locais);
2. Roturas parciais de tendões (tendão de aquiles, rotuliano, quadricipete,…);
3. Lesões musculares;
4. Auxiliar o tratamento de atrasos de cconsolidação de fraturas (as chamadas pseudoartroses);
5. Tratamento alternativo intra-articular nas artroses iniciais;
6. Em cirurgias de reconstrução de tendões e ligamentos;
7. Como auxiliar ao tratamento das lesões de cartilagem;
8. Fasceite plantar / esporão calcâneo.