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Dr. Tiago Baptista 
Fernandes
Cirurgião Plástico
UP HPA

Dr.ª Joana Macedo

Dr. David Carvalho Rasteiro 
Cirurgião Plástico
UP HPA

Dr.ª Joana Macedo

Mamoplastia.
A Cirurgia

HPA Magazine 15

 

Atualmente é a cirurgia plástica mais realizada no mundo - 1.862.506 em 2018 (dados mais recentes) - tendo sofrido de 2014 a 2018 um aumento de cerca de 40%.
O termo mamoplastia refere-se a diferentes cirurgias da mama: de aumento do volume, de diminuição do volume ou lifting mamário. Os principais motivos que levam a mulher a procurar esta cirurgia são:
· Alterações da mama após a gravidez;
· Desejo de maior autoconfiança e autoestima, através de um corpo socialmente mais harmonioso, caraterizado por um peito de maiores dimensões;
· Peito desproporcionalmente pequeno ou desproporcionalmente grande; 
· Correção de assimetrias do desenvolvimento mamário durante a adolescência com assimetrias significativas;
· Procura de maior satisfação na vida íntima do casal.


MAMOPLASTIA DE AUMENTO 
No caso da mamoplastia de aumento, as técnicas envolvidas variam de acordo com cada caso, e naturalmente, com os gostos pessoais, sendo as principais variáveis:

  • A forma do implante: anatómica ou redonda;
  • A localização do implante: à frente ou atrás do músculo;
  • O local de entrada do implante: areolar, infra mamário ou axilar.

Está assente nos dias de hoje que há muitas mulheres que pretendem obter um resultado mais natural, sem que as pessoas se apercebam da existência de um implante. Nas mulheres mais longilíneas ou com pouca mama, a utilização de implantes anatómicos, escondidos atrás do músculo, ganha preponderância e adeptos, principalmente nas jovens entre os 18 e 30 anos.
Noutros casos, a motivação é ter mais volume no polo superior da mama (dado pelos implantes redondos), costuma ser mais requisitado pelas recém mamãs, incomodadas pelo esvaziamento do peito após a gravidez e amamentação e, aqui pode fazer sentido outro tipo de prótese.
O volume do implante a colocar é totalmente personalizado e não de acordo com algum exemplo que a mulher possa ter, uma vez que as medidas da largura do tórax e o volume preexistente ditarão a largura e a projeção da prótese.
A tecnologia evolui e no Grupo HPA a equipa da UP HPA dispõe de sistemas de simulação tridimensional. São preciosos auxiliares da preparação da cirurgia, quer para a paciente, como para o cirurgião.
Muito discutida na comunidade científica e até sociologicamente, está a questão se é uma intervenção do foro meramente estético, ou uma cirurgia com intuito curativo.
Embora alguns casos sejam de cariz estético, onde simplesmente o desejo é apenas ter mais volume, consideramos que a maior parte das nossas pacientes, procuram esta cirurgia também para melhorarem a sua autoestima, diminuída por motivos variados, ou corrigirem assimetrias do desenvolvimento da mama. Muitas destas alterações, afetam significativamente a saúde psicológica feminina, estando totalmente englobada na definição da OMS: …” a saúde consiste no perfeito bem-estar físico, mental e social e, não apenas a ausência de doença” ...
A mama continua nos dias de hoje a ter um cariz muitíssimo importante na beleza feminina, impulsionado pelas redes sociais, revistas, influencers e outras figuras públicas.
Não é, pois, de estranhar que na sociedade atual seja, como referido, a cirurgia mais procurada, incluindo para a melhoria da vida sexual do casal.
Nos dias de hoje, fruto de uma informação cada vez mais completa, a mulher sabe que os resultados não serão eternos, quer pelo envelhecimento e flacidez crescente à medida que os anos passam, quer pela chamada contratura capsular, ou seja, a reação que o nosso organismo cria à volta do implante – a cápsula. Esta cápsula com o passar dos anos, tem tendência a aumentar, criando-se a tal contratura, que poderá justificar a sua correção cirúrgica.
Como tal, é aceite que entre 10, 15 a 20 anos após o primeiro aumento, haverá lugar a uma cirurgia de rejuvenescimento do peito.
A primeira intervenção cirúrgica de aumento mamário realizada em Portugal, data de 1967, pelo Prof. António Maria Baptista Fernandes, sendo normal que ao longo das décadas, a tecnologia tenha sofrido uma evolução constante através dos materiais envolvidos, como a consistência e segurança do gel. Nas últimas duas décadas, a grande evolução foi a maior leveza dos novos implantes.
Muito frequente, é também a associação do aumento mamário com o lifting mamário ou mastopexia. Denomina-se de mastopexia de aumento e consiste na remoção da pele em excesso, através de cicatrizes apenas ao redor da aréola, ou mais extensas para casos com mais flacidez.
De facto, como referido acima, a durabilidade do resultado depende muito da elasticidade da pele, e, não há dúvidas que os implantes de menor peso, existentes nos dias de hoje, são de primordial importância, para uma maior longevidade. Também ao nível da recuperação, tem sido muito interessante observar que a diminuição do peso, diminui o desconforto pós-operatório e acelera o retorno à vida ativa. De acordo com a profissão da mulher, poderá ser entre 5 e 15 dias, sendo o mais frequente, uma semana.
Mas também há solução para quem não está interessado na colocação de um implante de silicone, mas gostaria de aumentar o volume mamário. Pode realizá-lo através da aplicação de gordura na mama, removida na mesma cirurgia através de uma lipoaspiração. No entanto, é fundamental saber que apenas permite o aumento moderado, e pode ser necessário a realização de mais de uma cirurgia, fruto da reabsorção parcial que ocorre sempre nos lipoenxertos.

 

DESMISTIFICAR OS PRINCIPAIS MITOS:

  • Pode amamentar com implantes;
  • Não duram apenas 10 anos, embora o resultado não dure para sempre, pois o corpo envelhece;
  • Pode realizar os exames mamários tradicionais ao longo dos anos, incluindo mamografia e ecografia;
  • O aumento mamário não causa cancro da glândula mamária;
  • Pode haver uma alteração da sensibilidade do mamilo e da pele, mas numa percentagem baixa, sendo menos frequente com a colocação através do sulco mamário (por baixo da mama).

MAMOPLASTIA DE REDUÇÃO E MASTOPEXIA 
Outros tipos de cirurgia são a mamoplastia de redução e a mastopexia ou subida/lifting da mama. São cirurgias mais elaboradas em que se pretende reduzir e/ou subir uma mama que tem um tamanho desproporcionado ou uma flacidez exagerada.
A mamoplastia de redução é uma cirurgia de grande satisfação para a paciente e cirurgião. Associada a uma melhoria da forma, há uma diminuição do peso da mama e consequente alívio de queixas posturais. É importante informar que envolvem a colocação de cicatrizes em locais estratégicos e devem ter um pós-operatório atento e cuidado. 
Salienta-se que um dos maiores problemas atuais da saúde pública é a obesidade. A perda de peso desejável e a consequente flacidez generalizada motiva muitas consultas e visitas a um cirurgião plástico. 
No caso da mama, a cirurgia que melhor contraria a flacidez chama-se mastopexia ou subida da mama. Remove-se o excesso de pele e, se necessário, associa-se a colocação de um implante mamário de silicone, para obter um resultado mais feminino e sensual.
São necessários exames pré-operatórios dos quais destacamos a mamografia e a ecografia mamária.
Normalmente executado sob sedação com anestesia local, um aumento mamário simples é uma intervenção que costuma ter a duração de 30 a 60 minutos e uma mastopexia tem uma duração entre 90 a 150 minutos.
Salientamos a importância das unidades clinicas estarem devidamente licenciadas pela Entidade Reguladora da Saúde, tal como são os blocos cirúrgicos do Grupo HPA Saúde e por cirurgiões plásticos reconhecidos pela ordem dos médicos: www.ordemdosmedicos.pt/medicos-registados-na-ordem-dos-medicos