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Dr. Pedro Costa e Cruz

Pediatra

Afogamento um acidente evitável

HPA Magazine 12


A morte por afogamento é a segunda causa de morte acidental nas crianças, com a maioria dos casos a ocorrer nos meses de junho, julho e agosto. O afogamento é um acontecimento muito rápido e silencioso e que pode dar-se em quantidades muito reduzidas de água (uma criança pequena pode afogar-se em menos de um palmo de água). 
Nos últimos anos têm sido encetados esforços para a promoção das medidas de prevenção, salientando-se o importante papel da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) – de acordo com a mesma, verificaram-se, nos últimos 15 anos, 238 afogamentos com desfecho fatal, registando-se ainda, para além dos óbitos, 572 internamentos na sequência de episódios de submersão (muitos com lesões neurológicas sequelares permanentes).


Que medidas podemos, então, adotar para minimizar os casos de afogamento?

Identificar grupos de maior risco: grupo etário dos 0-4 anos, sexo masculino, doenças crónicas adjacentes (epilepsia, arritmias cardíacas).
Reconhecimento dos locais mais problemáticos: piscinas, seguidas de rios, ribeiras e lagoas e, por fim, as praias. Em casa, baldes ou depósitos com água e banheiras cheias.

Apostar na prevenção a múltiplos níveis:

Ambiente físico: minimizar contacto com espaços potencialmente perigosos por meio da instalação de proteções físicas, como portões de fecho automático e vedações em redor das piscinas, tanques e poços. 
Parental: supervisão constante das crianças nas imediações de locais de risco, evitar a presença de bonecos ou bóias dentro de água (que possam atrair a criança). Desincentivar mergulhos sem o prévio conhecimento da profundidade da água.
Desenvolvimento de competências na criança/adolescente: Saber identificar o perigo, promover noção básicas de natação (em especial após os 12 meses de idade), segurança aquática e de salvamento seguro, estimular o pedido de ajuda precoce, evitar áreas sem supervisão.
Uso de material apropriado: dispositivos de flutuação pessoal (coletes salva-vidas).

Pais e cuidadores com treino de reanimação cardiorrespiratória. Aumentar a sensibilização do público e destacar a vulnerabilidade das crianças.
O afogamento é, de facto, evitável. Cabe-nos reconhecer a necessidade da instituição de medidas preventivas para que todos possamos providenciar um crescimento saudável e seguro para os nossos filhos.