As Doenças Autoimunes são segundo definição do Núcleo de Estudos de Doenças Autoimunes da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna “patologias frequentes, que afetam provavelmente cerca de 5% da população, atingindo qualquer órgão do corpo, às vezes vários, apresentam um amplo espectro de gravidade e resultam de uma má função do sistema imunitário que começa a atacar o próprio organismo”, como por exemplo a artrite reumatóide, o lúpus eritematoso sistémico, as vasculites, a espondilite anquilosante, a tiroidite autoimune, a síndrome de Sjogren, a doença de Behcet, a esclerodermia sistémica, a doença mista do tecido conjuntivo, algumas formas de hepatite e muitas outras.
O caráter multisistémico destas patologias aliado à variabilidade das mesmas e à potencial gravidade da doença e respetiva terapêutica, tornam as doenças da autoimunidade patologias tipicamente do foro da Medicina Interna.
As Doenças Autoimunes não são contagiosas, são doenças crónicas muitas vezes difíceis de reconhecer e de diagnosticar, que podem causar lesões graves dos órgãos e em casos concretos comprometer a vida humana.
Para que os doentes possam viver melhor e mais tempo é necessário um diagnóstico mais rápido no sentido do tratamento poder ser iniciado precocemente. Corrigir as deficiências geradas no organismo é muito importante no tratamento das Doenças Autoimunes.
Os tratamentos variam desde anti-inflamatórios, corticoesteroides, imunosupressores e biotecnológicos. Os medicamentos biológicos são uma nova classe de fármacos que têm demonstrado efeitos muitos benéficos em determinados doentes com algumas doenças específicas.