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Lesões tróficas de causa vascular — úlceras da perna (arteriais, venosas ou mistas) e pé diabético

Lesões tróficas de causa vascular — úlceras da perna (arteriais, venosas ou mistas) e pé diabético

 

Úlcera venosa de perna

A maioria das úlceras de perna são de origem venosa e estão associadas a lesões de origem traumática ou associadas a um processo patológico. Podem ser de origem venosa, arterial ou mista.

As úlceras retiram qualidade e vida e normalmente estão associadas a outros fatores como traumatismos, tromboses, obesidade, idade, toma de alguns medicamentos, alterações da mobilidade, estilos de vida, gravidez e histórico familiar.

A origem das úlceras de etiologia venosa reside na diminuição da capacidade das veias de promoverem o retorno venoso. Consequentemente é gerada uma hipertensão venosa que promove a saída de líquido para os tecidos circundantes aos vasos sanguíneos, que por sua vez geram uma reação inflamatória, lesão ou alteração cutânea nos tecidos.

A hiper pigmentação da pele, edema, dor, as veias peri maleolares dilatadas/veias varicosas, lipodermatoesclerose e eczema varicoso são alguns dos sintomas de insuficiência venosa.

Para ter um bom diagnóstico é necessário fazer uma avaliação precoce da úlcera bem como do historial do paciente. Esta análise fará com que o tratamento seja adequado afim de promover uma melhor qualidade de vida e para que seja realizado um controlo de dor e uma redução do risco de infeção.

Os cuidados pós cicatrização são essenciais para evitar reincidências, como é o caso da prática de exercício físico e o uso adequado de cremes para uma boa preservação cutânea.


Pé diabético

O pé diabético está associado a uma redução da sensibilidade do pé e ocorre em áreas onde existe lesão dos nervos. A sensibilidade do pé fica mais reduzida sendo mais propício a que a pele fique danificada e que crie uma infeção.

Normalmente existem alterações na cor dos pés e os mesmos ficam com a pele seca e escamada. É essencial que, sempre que lavados/molhados, sejam bem secos e hidratados.

O pé diabético apresenta maior tendência para a formação de calos, sobretudo na planta do pé. Se não forem convenientemente tratados, os calos podem ulcerar, por isso, é essencial o uso de calçado adequado e um tratamento precoce em caso de úlceras. O não tratamento desta patologia pode levar à amputação do membro. Muitas vezes é necessário fazer uma limpeza mais ou menos profunda e até recorrer a antibiótico. Por fim, pode ser necessário recorrer a um cirurgião vascular para que seja feita uma avaliação da patologia em casos mais graves. Um bom controlo da diabetes é essencial nestas situações, porque a presença de níveis de açúcar elevados no sangue dificulta o controlo das infeções.

A inspeção cuidadosa dos pés, dedos e unhas para detetar bolhas, cortes, arranhões ou unhas encravadas, que podem causar úlceras, é crucial para o diagnóstico e evolução desta condição. Neuropatia e doença arterial periférica são lesões comuns associadas à diabetes. Assim, é essencial avaliar a sensibilidade da pele e verificar a presença de pulsos arteriais.

A análise da forma do pé, da marcha e da qualidade dos sapatos ajuda a corrigir alterações e reduzir o risco de desenvolvimento ou agravamento do pé diabético. Outros exames necessários incluem:

  • Raio-X: Avalia alterações no alinhamento dos ossos do pé ou perda de massa óssea, prevenindo fraturas e lesões como o pé de Charcot.
  • Ressonância magnética: Identifica a extensão dos danos causados ​​por úlceras.
  • Análises sanguíneas: Indicadas em caso de sinais de infeção, como vermelhidão, edema ou calor no pé.

Cortar bem as unhas, usar calçado adequado e evitar andar descalço são decisões simples, mas essenciais. Para melhorar a circulação, eleve os pés ao sentar-se, mova os pés/dedos várias vezes por dia e coloque-se regularmente na ponta dos pés. Não cruze as pernas por muito tempo e evite meias apertadas. É essencial não fumar, pois o tabaco compromete a circulação e aumenta o risco de amputação em diabéticos.

O exercício físico é fundamental para prevenir a diabetes e o pé diabético. Praticar atividades como caminhada, natação, dança ou ciclismo favorece a circulação e ajuda a manter a pressão arterial, o colesterol e os níveis de açúcar controlados. É importante escolher o tipo de exercício conforme as limitações individuais e seguir as orientações dos profissionais nessa área.

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