O herpes zóster, também conhecido como zona, é uma reativação do vírus varicela-zóster, que permanece latente no organismo após a infeção inicial da varicela. Embora comum em adultos mais velhos, esta condição pode surgir em qualquer idade, especialmente em pessoas com o sistema imunitário comprometido.
Sintomas
O primeiro sinal é geralmente uma dor ou sensação de ardor localizada, acompanhada por sensibilidade na pele. Em poucos dias, surgem lesões vermelhas que evoluem para pequenas bolhas agrupadas (vesículas), frequentemente ao longo de uma área do corpo chamada dermátomo (área da pele inervada pela mesma raiz sensorial). Estas erupções podem provocar desconforto intenso e são, muitas vezes, acompanhadas de febre. No rosto, especialmente na região ocular, podem ser mais graves e exigir atenção imediata.
Causas
O herpes zóster é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, que permanece inativo nos gânglios nervosos após a varicela. Fatores como o envelhecimento, doenças que enfraquecem o sistema imunitário, stress ou até determinados medicamentos podem desencadear a reativação. Adultos com mais de 50 anos, pacientes imunocomprometidos ou pessoas que nunca tomaram a vacina contra a varicela apresentam maior vulnerabilidade.
Impacto e Complicações
A complicação mais frequente é a neuralgia pós-herpética, que ocorre quando a dor (tipo queimadura ou choque elétrico) persiste após a cicatrização das lesões. Esta dor pode ser debilitante e durar meses. Outras complicações incluem infeções secundárias nas lesões, perda de visão quando a área afetada é próxima ao olho (herpes zóster oftálmico). Raramente a condição pode evoluir para encefalite (inflamação no cérebro), que exige tratamento hospitalar urgente.
Diagnóstico e Cuidados Médicos
O diagnóstico é realizado com base nos sintomas e no padrão característico das lesões. O tratamento inclui antivirais como o aciclovir ou valaciclovir, administrados precocemente, idealmente nas primeiras 72 horas, para minimizar a gravidade e acelerar a recuperação. Analgésicos e medicamentos tópicos ajudam a aliviar os sintomas. Em casos mais complexos, tratamentos específicos como bloqueadores nervosos, podem ser indicados.
Prevenção
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção. Disponível para adultos com mais de 50 anos ou em grupos de risco, a vacina reduz significativamente a probabilidade de desenvolver herpes zóster. Além disso, um sistema imunitário robusto, mantido por uma dieta equilibrada, exercício físico e gestão do stress, contribui para a prevenção.
Por fim, importa referir que o vírus se transmite por contacto direto, através do líquido das vesículas, ou por contacto indireto, por objetos contaminados, sendo que o período de contágio pode ir até às 2 semanas e, o período de incubação é de 2-4 dias após o contacto com a pessoa infetada.
24 de Fevereiro de 2025