Precisão no tratamento do cancro cutâneo
A cirurgia micrográfica de Mohs pode ser considerada a técnica mais refinada, precisa e efetiva para o tratamento dos tipos mais frequentes de cancro da pele, oferecendo a mais alta taxa de cura na excisão de cancros cutâneos não melanoma.
Através deste procedimento é possível identificar e remover todo o tumor, preservando a pele sã em torno da lesão. A técnica consiste em retirar o cancro da pele, camada por camada e, examinar cada uma delas ao microscópio, até que se obtenha margem livre, ou seja, até à remoção completa do tumor (o nível de precisão e acerto pode chegar a 98%). Esta precisão é possível já que praticamente 100% das margens são analisadas pelo microscópio, durante a cirurgia. Após a obtenção da margem livre, é realizada a reconstrução da ferida (resultante da extração do tumor).
Desta forma, a principal vantagem da Cirurgia Micrográfica de Mohs em relação à cirurgia convencional, relaciona-se com o controlo microscópico das margens do tumor durante a cirurgia, garantindo a sua total remoção, sem qualquer agressão ou extração da pele normal. Na cirurgia convencional o tumor é retirado com margens de segurança e enviado para a anatomia patológica, cujo resultado é fornecido habitualmente entre 1-2 semanas. Como a remoção do tumor é estabelecida apenas pela visualização do dermatologista, o risco de permanecerem alguns resíduos cancerígenos pode existir e é definitivamente superior relativamente à cirurgia Mohs.
A cirurgia de Mohs é indicada para:
- Carcinomas basocelulares de risco aumentado para recidiva;
- Carcinomas espinocelulares (ou de células escamosas);
- Dermatofibrossarcoma protuberans;
- E alguns tumores mais raros da pele.
O Dr. Tiago Mestre é dos poucos dermatologistas portugueses que realiza cirurgia de Mohs, cuja competência adquiriu no Newcastle Upon Tyne Hospitals (United Kingdom), sendo membro do Colégio Americano e da Sociedade Europeia de Cirurgia de Mohs.
17 de Março de 2021